O Neil falou disso na segunda feira, o Guga idem, e eu vou falar também. Coincidências bloguísticas, como disse o Guga. É que esse negócio do trânsito tem arrasado todo mundo aqui em São Paulo. Acho que não é a toa que eu tiro tanta fotografia dentro do carro. É porque o carro não anda, oras. Eu leio emails no carro, dou telefonemas do carro, eu aprendi a me maquiar no carro.
Outro dia acordamos meio cedo, eu e o Zé. Nunca fazemos isso, mas depois do café ligamos a TV e passamos a assistir as notícias do trânsito. De manhã tem um monte delas, em alguns canais com filmagens bem interessantes de helicópteros sobrevoando a cidade. O trânsito aparecia ora aqui, ora ali. As vezes na radial Leste, outras vezes na marginal, outras vezes na Paulista.
O Zé comentou.
- Olhando assim de cima, repara, Lúcia, o trânsito parece um mostro que a gente não sabe aonde vai aparecer, né? Um monstro que embola carros, pessoas, olha esses congestionamentos que estranho. Um nó que surge do nada.
Ele tinha razão.
- Olha essa cena da Paulista. Olha como os carros andam bem. Não te dá medo? Está tudo calminho, em paz total mas a gente sabe que de repente... ele vai aparecer. O monstro do trânsito. E sempre de surpresa, pegando a gente no flagra, precisando de resgate, de remédio. Ele parece vivo, o trânsito. Um monstro, que vem e volta.
Lembrei do filme do Alien e daquela nave que partiu pro espaço com um monstro dentro. Ninguém sabia aonde ele iria aparecer, e quando chegava, era cada vez maior. Mais ou menos isso.
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