segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

programa de primos


(todos os fãs tiravam uma foto como essa, ao lado do cartaz, e eu imitei)
(nota: repararam que eu tou em pé e o toninho deitado? engraçada essa foto)

Foi um programa de primos, combinado meses atrás com meu primo Francisco. Iríamos ao show do Toninho Horta aqui em São Paulo. Um dia, na casa dele, ele me mostra um disco do Toninho Horta e me fala que o cara é primo dele, e decidimos que, portando, era um pouco primo meu também. "Então vamos ao show juntos", ele decide. Foi sábado a tarde, no Centro Cultural da Caixa, na praça da Sé. Decidimos ir de ônibus até o Terminal Bandeira e a pé até lá, o que foi um verdadeiro exercício, pois o Francisco anda muito rápido. Chegamos na hora errada, uma hora antes, e local já estava lotado com uma turma imensa do Fã Clube do Clube da Esquina, uma gente organizadíssima, com camiseta e tudo. Nunca tinha visto um fã clube em ação, e, numa conversa com eles, soubemos particularidades das ações do grupo, como "o dia que corremos atrás do Beto Guedes", ou o dia que "enganamos o segurança e conseguimos autógrafos do Toninho no camarim". Mas como aquela não era nossa praia, resolvemos passear no centro por uma hora, tomar suco e ver pastores gritando e esmurrando bíblias. Voltamos um pouco antes do show e percebemos a burrada, pois a fila era enorme. Resolvemos não entrar na fila e assistir ao show da bancada lateral, mas o único problema é que teríamos que sentar de costas para ele, e vê-lo olhando para trás. Foi ali, no sofá da bancada, que percebemos que estávamos de frente para o camarim - e camarim é sempre um entra e sai. O Francisco encontra a Lena, a irmã do Toninho, flautista. "Vamos ficar de olho na porta", sugere o Francisco, "que eu te mostro o Toninho lá dentro". Foi quando notamos que o cara que abria a fechava a tal porta era o homem mais fino do mundo, pois ele (acredito que foi orientado para fazer isso) abria o mínimo e se esgueirava por uma fresta mínima, que não nos deixava ver nada.

(o homem mais fino do mundo entrando no camarim)


Depois de um tempo e de um temporal lá fora, tudo dá certo: entra o Toninho e começa o show. Uau, conseguimos, pensei, olhando de costas (foi o primeiro e o último show - espero - que assisto de costas). Não esperamos no final para falar com ele e eu ser apresentada como "prima", pois o fã clube tomou conta do espaço todo. Missão cumprida e caminho da roça pra voltar. Bacana o show do meu primo Toninho. Adorei, maravilhoso, fiquei orgulhosíssima de ser parente dele. Foi o primeiro que assisti.

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