sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

dimdom


A campainha quebrou. Demoramos pra descobrir que estava quebrada. Os primeiros sinais de caduquice ela deu no domingo. Sete da manhã e ela toca. Dimdom, dimdom, dimdom. Nossa, quem é a essa hora, fala o Zé. Dimdom, dimdom, dimdom. Quem é, perguntamos no interfone. Nada. Um silêncio. Deve ser um maluco, declarei. Se ele voltar, Zé, chamaremos a polícia (tudo agora eu quero chamar a polícia). A tarde ela disparou de vez, e como não parava, desconectamos tudo. Coloquei o papelzinho só ontem. Não funciona. Quebrada. E até comprarmos outra, aqui em casa não tem campainha. Não sei resolver e resolvi desencanar. Ou seja. Não adianta tocar. Quem toca uma campainha sem avisar hoje em dia? O entregador de água, de gás, o homem do Xô Limpeza. Amigos e conhecidos podem telefonar ao lerem o aviso. Fiquei na dúvida se colocava o meu telefone no papelzinho, mas imagine atender: quem é? O homem do gás. Não, a pessoa que se vire. Ou faz como o João faz quando chega da escola. Grita bem alto. Não tenho pressa para comprar outra, essas campainhas de filminho custam caro, mais que um aparelho de DVD (que quebrou aqui em casa também).

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