Juro que foi sem querer. Hoje, por causa dessa incessante chuva, choferei os filhos o dia todo sem parar. Eu vi a mulher, e eu vi também a mega poça d´água, mas era tarde demais. Foi inevitável, não dava para parar, para desviar e nem para tirar a mulher dali. Passei com tudo na poça e ensopei a mulher todinha. O certo deveria ser parar e pedir desculpas, mas como parar no meio de uma avenida, a 50 por hora? Olhei a catástrofe pelo espelhinho retrovisor, pensando "que droga, coitada". Mas depois lembrei que existe um certo conformismo dos pedestres com esse tipo de banho de poças em dias de chuva. É bastante normal um pedestre se molhar por causa de carros, e eu mesma já levei diversas espirradas. Na maior delas, num ponto de ônibus da Paulista (óbvio que existia um "porquê" para o melhor e mais coberto lugar do ponto de ônibus estar vazio), acabei tendo que voltar para casa para trocar de roupa, uma vez que, além de molhada, eu fiquei imunda. Creio que existe um certo código entre pedestres e carros em dia de chuva: os pedestres devem ficar atentos, os motoristas idem, mas se acontecer, aconteceu. É meio normal. Também pensei que um fato desse, ocorrido com um pedestre, também é um grande assunto para se falar a troco de nada. "Levei um banho na rua", a pessoa pode dizer, "me molhei todinho". Os outros provavelmente vão olhar, consternados, e contar que um dia isso também já aconteceu com eles. Toda essa explicação para tirar a culpa que senti de molhar a pobre mulher agora há pouco.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
franka na chuva
Juro que foi sem querer. Hoje, por causa dessa incessante chuva, choferei os filhos o dia todo sem parar. Eu vi a mulher, e eu vi também a mega poça d´água, mas era tarde demais. Foi inevitável, não dava para parar, para desviar e nem para tirar a mulher dali. Passei com tudo na poça e ensopei a mulher todinha. O certo deveria ser parar e pedir desculpas, mas como parar no meio de uma avenida, a 50 por hora? Olhei a catástrofe pelo espelhinho retrovisor, pensando "que droga, coitada". Mas depois lembrei que existe um certo conformismo dos pedestres com esse tipo de banho de poças em dias de chuva. É bastante normal um pedestre se molhar por causa de carros, e eu mesma já levei diversas espirradas. Na maior delas, num ponto de ônibus da Paulista (óbvio que existia um "porquê" para o melhor e mais coberto lugar do ponto de ônibus estar vazio), acabei tendo que voltar para casa para trocar de roupa, uma vez que, além de molhada, eu fiquei imunda. Creio que existe um certo código entre pedestres e carros em dia de chuva: os pedestres devem ficar atentos, os motoristas idem, mas se acontecer, aconteceu. É meio normal. Também pensei que um fato desse, ocorrido com um pedestre, também é um grande assunto para se falar a troco de nada. "Levei um banho na rua", a pessoa pode dizer, "me molhei todinho". Os outros provavelmente vão olhar, consternados, e contar que um dia isso também já aconteceu com eles. Toda essa explicação para tirar a culpa que senti de molhar a pobre mulher agora há pouco.
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Um comentário:
Hj fiz coisa parecida. Mas tambem foi acidental. A calça da moça ficou marrom
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