quarta-feira, 2 de março de 2005

as listinhas da pasta - II



Você consegue imaginar uma mulher, mãe, dona de casa, senhora, séria, profissional, arquiteta, escritora, futura cronista de algum grande jornal, futura grande dramaturga destruindo furiosamente um tubo de pasta de dente dentro do seu próprio banheiro? E como ela explicaria, diante dos olhares pasmos de toda família, que ela precisava tirar fotos da melequeira?
Bem, ainda não deu para eu dissecar o tubo de Signal.
Eu não podia, ontem a noite, destruir nenhum dos tubos de pasta de dente Signal da minha casa simplesmente porque as pessoas precisavam usar as pastas para escovar os dentes. Resolvi, assim, que faria a minha experiência hoje, sem interferir no cotidiano doméstico e, principalmente, sem ter que explicar essa idiotice para o Zé.
(Porque, gente, fala a verdade: é uma coisa meio idiota essa, não é?)
Assim, ontem a noite eu apenas "olhei" e "apalpei" o tubo mi-nun-ci-o-sa-men-te. Resolvi fazer inicialmente uma análise da pasta existente (em uso) até eu comprar a nova para a dissecação.
Qual não foi minha surpresa hoje pela manhã ao ler os comentários do post: algumas pessoas me incentivaram a continuar, mas outras, como a Sheila, acham que não: que eu nunca deveria "abrir" a pasta, pois daí a coisa perde a graça. Passei a manhã todinha com essa questão na cabeça.
Estou completamente dividida. Devo ou não devo ir adiante? Só sei que, depois de ir até a obra e até o Itaú, passei na farmácia e comprei uma Signal Original novinha.
Custou R$ 1,95.
Olharei para ela com calma mais tarde, para saber o que fazer.

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