terça-feira, 3 de dezembro de 2013

eu era feliz e não sabia

Quando eu escrevia só no meu blog, época que já virou “antigamente”, eu era livre. Como só blogueiro lia blog, a gente inventava as próprias regras do que podia e do que não podia. Por exemplo, era o máximo quando outro blogueiro te linkava, a gente contava as maiores histórias esdrúxulas, dizia as maiores mentiras, se colocava apelidos bobos, fazia gracinha com foto colocando tarja, cada um fazia um comentário mais ridículo e bobo que o outro, e todo mundo queria muito se encontrar para ver as pessoas eram tão legais ao vivo quanto nos blogs. E eram. Eu que o diga.
Mas isso foi somente a nossa infância na WEB. Tudo começou a mudar quando entrei no Orkut, e, do nada, gente, juro, fui presa. Na época eu contei isso no blog, em pânico. Até hoje não sei exatamente o que eu fiz, mas tive que micar dois dias atrás de uma gradinha com o treco travadaço. Lembro que escrevi o seguinte do meu cárcere no blog:
“Fui presa no Orkut. Não, não tenho culpa de nada, eu juro. E uma prisão virtual é das piores que existem: não há advogados, não há defesa, afinal, quase não há leis ainda nessa internet.”
Daí agora comecei a escrever uns textos aqui. Umas pequenas histórias, uns casos da família, uma conversa engraçada, uma consideração esdrúxula qualquer. Meu Deus, que mals. Levei muita, mas muita bronca dos... das... de... pessoas que tenho proximidade máxima, quer dizer, dos filhos, vá. Eles me deram ontem uma aula de como se portar no Facebook. Sim, porque agora tem regra, principalmente para mães de cinquenta que se acham modernaças, pois eles tomaram conta daqui. Então, ex blogueiros, aprendam.
1) Nunca linke seu filho
2) Curta o post dele somente se não aguentar de jeito nenhum
3) Se tiver que falar o nome do filho num post seu, se não tiver jeito meeeesmo, fale só o apelido
4) Isso vale, claro, para todos amigos e primos dos filhos, obviamente
5) Nunca coloque fotos deles
6) Jamais marque as fotos que nunca colocará
7) Em hipótese alguma comente um post deles ou dos amigos deles
8 ) Só compartilhe matérias e artigos dos seus filhos se elas estiverem na mídia
9) Crime médio: publicar foto do filho pequenininho na sua página
10) Crime máximo: publicar foto fofura máxima do seu filho pequeninho na página dele
Tirando isso, pode tudo, explicaram. Bom, resumindo: a internet amadureceu, agora acabou a minha infância na Web. E que saudade de ser livre de novo, mas paciência. Acho que não fiz nada errado nesse texto.
Entenderam, Elianne Abreu Diz e Nadia Maia?

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