quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

franka, valentona



Sempre que chove muito, aparece lesma em casa. É super nojento lesma. Não saio correndo berrando, mas não deixo elas andarem deixando aquelas trilhas no chão. Fica aquela memória da lesma no chão, nas paredes, móveis, é bem nojento. Essa coisa do nojo e do pânico com insetos e bichinhos passa, pois notei que com a idade a gente vai ficando cada vez mais valente. Pelo menos foi o que aconteceu comigo na vida. Antes eu dava xilique com barata. Agora eu mato e pronto. Com as lesmas a mesma coisa, não adianta xilique, tem que matar ou tirar o negócio dali. Acho as lesmas e baratas meio burras, e tenho certeza que elas não percebem que sou humana, vão me confundir com uma cadeira ou uma folha e subir em mim. Aliás, já subiram e não gosto nem de lembrar. Bom, Antes de ontem choveu um monte, e quando entrei em casa vi duas das malditas lesmas na entrada de casa, andando em direção a porta. Querendo entrar! Desgraçadas. Estava meio escuro, mas fui até a cozinha, peguei um bolo grandão de sal, voltei e joguei em cima delas. Ahá. Fim do problema, pensei. Me senti super valentona. Bom, putz. Quando sai pra trabalhar ontem de manhã, olhei o chão da varanda e vi o que tinha feito. Tinham duas inocentes folhas de de árvore cheias de sal em cima. É, a gente fica mais velha, mais valente e mais cega.

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