sexta-feira, 4 de março de 2011

a franka, a lúcia e elas mesmas



Desde que esse blog existe que eu sou duas, a Franka e Lúcia Carvalho. Às vezes eu me confundo na hora de escrever a crônica, e escrevo Lúcia ao invés de Franka num diálogo. Nunca ninguém reclamou, acho que mesmo de um modo torto todo mundo entende as esquisitices dos outros. Meu filhos dizem que é ridículo alguém "se colocar" apelido, ainda mais gente velha como eu. Eu sempre repito que velho moderno adora nickname. Quando eles falam "Franka", eles fazem aspas e careta, rindo de mim. Deixa.
No fim de semana passado descobri que meu celular tira fotos de você com você mesmo. É incrível. Você clica um botão e dai aparece uma moldura azul de um lado da imagem. Você tira a primeira foto. Dai aparece a mesma foto com tudo que foi fotografado no lado que você tirou meio sombreado, e a moldura azul vai para o outro lado. É só encaixar um quadrado com o outro que a bobeira está com-ple-ta. Óbvio que esse recurso bobo deve existir em toda máquina e que ninguém usa porque é mega bobo. Mas só sei que adorei tirar fotos comigo, eu nunca consegui ser Lúcia e Franka numa mesma imagem. Mas descobri algumas coisas. Por exemplo, não dá para você abraçar você mesmo, porque nada de uma imagem pode entrar na outra. O ideal é não ter nada entre você e você mesmo, ou colocar um objeto fixo entre vocês. Um objeto de interação de você com você mesmo. Pode ser um copo, uma corda, um livro, uma janela. Na minha cabeça, passei a inventar cenários para essas fotos. Comentei isso com minha amiga Sílvia Bê e ela (que é sempre animada com novos projetos) topou na hora inventar cenas para você com você mesmo. Ela que criou essa da porta e tirou a foto. E ficou tão perfeito que eu olho e, juro, acho que a Lúcia foi mesmo visitar a Franka.

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