terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

o meu iPhone cover



Quando eu resolvi trocar de telefone, todo mundo ficou falando "troca por aifone, troca por aifone, troca por aifone". Eu acho um saco essa coisa de aifone. Pra comprar um aifone você tem que entrar numa fila. Tem cabimento entrar numa fila pra um aifone? Você vai comprar a coisa, gente, comprar, com teu dinheiro, não é ganhar. Se fosse grátis vá lá, mas entrar em fila pra comprar eu acho super cafona e sou contra. Eu sou super contra fila quando a gente compra coisa. Como no cinema, você tá pagando o ingresso, quem paga não tem pegar fila, pô. Já basta fila de banco, fila de hospital, fila pra cadastrar em portaria de prédio. Resolvi desistir do aifone antes de sair de casa, ótimo quando a gente decide não se aborrecer, um saco aifone, além do que é caro pra caramba. Cheguei na loja e o moço perguntou as minhas preferências. "Cada pessoa tem que achar o modelo que mais se adequa às suas necessidades", ele explicou. Me senti numa concessionária de veículos. Ou numa consulta médica. "Quero um telefone grande, pois não gosto de falar em trequinho, com uma tela grande porque não enxergo mais nada e mando torpedo tudo pras pessoas erradas e com uma máquina fotográfica boa". "Ah, eu tenho o telefone ideal para a senhora aqui mesmo", o cara concluiu. Que aifone que nada, eu não vou pegar fila, pensei, feliz. "E se a senhora quiser, já que o da senhora caiu na privada um dia, depois tomou banho de champanhe e coca cola, eu posso colocar uma capa nele pra proteger". "Ô se quero". O telefone é realmente demais, o único problema, que acredito que é passageiro, é meu embananamento com o toutchi. Fiquei olhando o telefone um tempão depois, e conclui que ele é a maior cópia do aifone. Ou seja, quando eu disse minhas preferências, acho que descrevi exatamente... o aifone. Hahaha. O meu telefone imita em tudo o aifone, eu implicando com o aifone. Troquei meu celular por um aifone cover. Mas não entrei em fila.

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