terça-feira, 27 de julho de 2010

o crânio, a leitura, o MASP




Enfim, a leitura! Pois fizemos ontem a leitura do "O Crânio" no MASP. Foi super emocionante ver meu texto lido num palco. E tava super lotado. Não acho que tem a ver eu falar aqui se foi bom ou ruim, só sei que todo mundo riu muito e que teve um monte de aplauso. Muita gente! Como a coisa continua também não sei, mas torço pra burro pra conseguir montar a peça. Acho apenas o máximo que, começando pelo "frankamente..." aqui eu tenha escrito essa peça e chegado no MASP. O MASP pra mim é tipo um puta-patamar. Morei toda infância e adolescência na Haddock Lobo e vivia no MASP. O MASP é projeto da Lina-Bo e eu sou arquiteta. Tudo a ver, pensei ontem. Putz orgulho que eu tive da Franka. Hahaha. E uma vez que não vou fazer crítica nem elogio de mim mesma, que seria meio ridículo, vou só contar uns detalhes. Cheguei antes, pois era "autora". "Oi, moço, sou a autora", eu disse toda caipira e inchada para os seguranças pra poder entrar pelas portinhas do lado, antes de todo mundo. Quando a gente entra pelas portinhas do lado dos lugares a gente fica super mega exibida. A gente tem até que se controlar. Dai fui pro camarim. Nossa, que vontade que eu sempre tive de entrar num camarim. Olha. Uma coisa é você escrever uma peça, gente, você aqui sozinha, tic, tic no teclado, aquela coisa íííntima... Outra coisa é você entrar nas entranhas de uma montagem, e olha que nem era montagem, era leitura. Com diretor e tudo, mas leitura, sem "movimentação de palco", sem setecentos ensaios e tal. Minha mãe tava preocupada pra burro pois ela e as amigas queriam sentar na frente. "Iii, filha, minhas amigas são todas surdas, não vão entender nada se não ouvirem...". Hahaha. Lá fui eu, Franka-Staff, pela portinha lateral colocar a mãe e as amigas antes de todo mundo. Divertido. Lá no camarim, lanchinho. Não, lanchão. Oba. Peguei até um sanduíche pro João, afinal mãe é mãe. Os atores eram amigos, ficavam fazendo gracinhas o tempo todo, aliás, são todos tão engraçados falando, que eu, que só escrevo, fiquei mega sem graça perto deles. No fim da leitura (ó céus) me colocaram sentada no palco com os atores. Me deu a maior vergonha. Já tinha falado (escrito) mais de uma hora de peça, ainda tinha que falar mais? Acho que deu pra todo mundo ver minha sem-graceza, mas paciência. Olha. Ver as palavras da gente, as idéias da gente, as crônicas da gente num palco, representadas por atores, é muito emocionante. Ouvir as risadas foi mais emocionante ainda. Obrigada Patrícia, Renato, Niltinho, Noemi, Fabinho e Marcelo, obrigada Clóvis e Marina, obrigada platéia-que-ria-muito. Ontem foi um dos dias mais felizes da minha vida.

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