segunda-feira, 14 de junho de 2010

o geraldinho



Falaram que um tal de Geraldo Anhaia Melo era legal no Facebook. Eu li alguns feeds dele, achei a sinceridade dele o máximo. Gamei. A gente se espanta com quem não é travado em Facebook. Travado assim, em internet pública em geral. Pedi pra ser amiga dele na hora. Nem conhecia, e ele me aceitou. Legal, mais máximo. Dai ele, do nada, morre. Gente. Caraca. A vida e a morte são ali-ali, no real e no virtual. Caraca , putz. Dai eu tinha colocado um feed bobo no Facebook na sexta feira falando sobre "morrer no Facebook". Falando sobre o que fazer com o Facebook com uma possibilidade da nossa morte, coisa que a gente não gosta de falar, mas que pode acontecer com todo mundo. E brinquei e disse que se eu morresse no face, ia pedir pra alguém me manter viva e tal. Putz, até escolhi a Márcia Kawabe, que fala mais bobeira que eu pra ser minha alma penada. Isso foi uma idéia idiota de uma pessoa viva, sabe idéia idiota de pessoa viva que, na alegria do dia a dia, não pensa que o outro pode morrer de verdade? Pois é. Eu. Tou me sentindo meio mal com isso, ao mesmo tempo penso na minha sinceridade de conseguir contar isso. O Geraldinho era brilhante no Facebook. Ele fazia minicrônicas da vida dele, a gente acompanhava. Eram textos brilhantes, a là Bortolotto, super inteligentes e nada travados. O máximo. Eu sou travada em Facebook, gente, por isso a recorrência desse assunto. E gente travada como eu não coloca coisas que não sejam certinhas no Facebook e morre de inveja dos não-travados, livres, independentes. Eu fiquei hoje pensando sobre essa coisa e resolvi falar a verdade em homenagem a ele, o quanto fiquei impressionada com a verdade dele até o último minuto, em quanto a verdade é impressionante pra quem faz literatura, e em quanto a verdadeira literatura é legítima até o último minuto.

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