Foi no hotel de Scranton, cidade que eu inventei de passar porque é a cidade do The Office, seriado que eu adoro. A cidade ficava no meio do caminho da volta para NY, a gente precisava dormir. O hotel era maluquésimo, uma antiga estação de trem, parecia um hotel de luxo de filme de fantasma da Transilvânia, apesar de ser na Pensilvânia. No dia de ir embora, tomamos café, arrumamos as malas e como tínhamos um tempinho, sugeri um passeio a pé pela cidade. Os meninos estavam num quarto, eu e o Zé no outro. Descemos, eu e o Zé, e nada dos três. Quando chegaram, a Nana reclamava que os irmãos eram muito bagunceiros e demorados, que eles não arrumavam nada direito, que enrolavam muito e sei lá o que. Essa coisa de briga de irmãos. O problema é que ela, enquanto esperava os dois, ficou no maior pléc, pléc, pléc, mexendo na porta do quarto sem parar. Brava com os irmãos. Eu não sei se foi esse o problema, mas quando voltamos pra pegar as malas, a porta do quarto dos meninos não abria de jeito nenhum. E as malas deles lá dentro. Falamos na portaria, eles deram pra gente outra chavinha de cartão. Tentamos, tentamos, nada. Veio o cara da manutenção, mexeu um monte e nada. Veio outro cara da manutenção, e depois mais outra. Começou uma reunião em frente a porta. Percebi que a fechadura quebrou, e que não tinha abrir a peça por fora, pois os parafusos eram por dentro. Ô coisa mais burra aquela fechadura. Dai o povo do hotel pediu desculpa, sumiu e em seguida chegou um bando de funcionários uniformizados com ferramentas, escada, marretas. Marretas! Avisaram que iam quebrar a parede. Levamos um susto. Puxa vida, vou em obra todo dia, teria que passar por uma outra obra no meio da viagem de férias? Tentei entender. Não era exagero quebrar a parede? Não, explicou o engenheiro. Eles abririam o forro, entrariam dentro, quebrariam a parede em cima da porta, quebrariam o forro de dentro do quarto e disseram que entrariam por ali. Putis estrago por nossa causa, que vergonha. Foi quando a Nana falou bem baixinho que talvez tivesse sido culpa dela. E contou a história do plec, plec, plec. "Não fiquei apertanto tanto assim, eu juro", ela se defendeu. "Eu disse que esse hotel era mal assombrado", comentei. Fazer o que? Esperar. Então, já que não tinha mais na pra fazer, coloquei a máquina na mesinha do meu quarto e filmei o que acontecia no corredor. A obra durou mais de uma hora, a gente lá esperando. No fim a porta abriu, ficou aquele monte de entulho no chão e nos mandamos rapidinho, rindo. Tá, é um filme super sem graça. Mas olha como é verdade.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
obras me perseguem...
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