Bem, depois de um monte de confusões (deixo sempre tudo pra última hora), aqui estou eu e minha família no nosso famoso white christmas, no meio da maior neve (que idéia!) e parecendo uns bolo-fofos de tantos casacos. A viagem foi meio um suplício, só que agora não sei como vou fazer para voltar. “Meio” um suplício não, foi um suplício total e supremo, como dizem os meninos. Só de pensar no inferno que vai ser a volta, tenho arrepios. Bem. Tem sempre uma solução que me deixa aliviada, que é a idéia de não fazer a viagem de volta e ficar aqui para sempre. Não consegui dormir, não pude fumar por mil horas, estava com uma roupa apertada, o remédio pra dormir não adiantou nada e o banco do avião não descia porque agora as companhias aéreas inventaram de colocar umas mini-televisõeszinhas na cadeira da frente (a minha obviamente não funcionava) e se o banco da pessoa da frente descer muito, a pessoa de trás não vê a TV. O que é mais importante hoje? Ver TV computadorizadazinha ou dormir? É absurdo, mas a TVzinha touchcreen é mais importante. Que burrice que às vezes que é a humanidade. E gente, eu enjôo em avião. Chega, não vou mais falar nisso. Fiquei sem rir por quase 24 horas. O esquisito é que ninguém da família achou nada ruim. Nadica. Só eu. E juro, não estou na TPM.
Tinha esquecido como é engraçado viajar com o Zé e com os filhos. Tinha esquecido também como sou ruim pra falar inglês. As maiores piadas da viagem até o momento acontecem logo depois que eu falo uma frase em inglês pra alguém.
- Como que é mãe?
- Eu disse pra ele que é “too fast”.
- Hã? É o que, mãe?
- Too fast. Ou seja, muito longe. Não é isso? Errei de novo?
Um olhou pra o outro.
-Ixi. A mamãe tá muito "fast" de falar inglês direito...
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