segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

é, franka, pensou que era sopa?



- E ai, como tá sua cachorra, a Sopa? - perguntou minha irmã.
- Não pára quieta, Ângela. Fica pulando e mordendo sem parar, as pessoas não aguentam ficar muito com ela, e acho que ela não entende o recado.
- Difícil ser cão, hermana. Tá assistindo o César Millan, o encantador de cães, na TV?
- Assisti todos que consegui. Uso todos os truques dele, mas ela não me obedece. Acho que não sou a líder da casa. Minhas calças e sapatos já estão em frangalhos, e eu estou toda cheia de mordidas nos braços, mãos, pernas.
- Ela tem medo de alguma coisa? Barulho, bola, aspirador de pó?
- Hum. Ela tem medo de caixa.
- Caixa? Como assim?
- Ela tem medo de caixa de papelão, dessas grandes. Quanto maior, mais medo ela tem. É a única coisa que ela foge. De caixa.
- Ótimo, já é alguma coisa, Lú. Encha sua casa de caixas, ué. Caixas por todos ambientes. Caixas na sala, na cozinha, no hall. Caixas aonde você não quer que ela pule e morda você e as pessoas.
- E a gente, as pessoas que visitam, ficam todas no meio das caixas? Não vai ficar meio entulhada a minha casa?
- É temporário, pensa, Lú. Depois ela aprende. Ou então... hummm, tive uma idéia! O melhor seria encontrar caixas de geladeira, aquelas enormes, aquelas que cabe uma pessoa dentro. Nossa, difícil encontrar caixa de geladeira... as pessoas não compram muitas geladeiras... já sei, coloque um anúncio "aceito caixa de geladeira"e dai...
- Peraí. Pra que caixa de geladeira, Ângela?
- Para as pessoas vestirem, Lúcia!
- Vestirem? Entrarem dentro?
- É. Resolvido o problema da Sopa. E coloque um aviso na sua porta "se a Sopa te encher, entre na caixa de geladeira".

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