Lá vou eu implicar com a ponte aérea de novo. Além dos absurdos dos lanches mequetrefes (happy-hour-tam?), eu juro, não tou velha nem surda mas o sistema de som do aeroporto do Rio é totalmente incompreensível. Colocassem uma senhora gritando que a coisa seria mais eficiente. Tem senhora que grita super bem, que tem voz super nítida. Pois ontem, na volta, não tinha portão de embarque. Tinha chovido pra caramba e os vôos mudaram todos. O saguão de espera da ponte é dentro de um tubo de vidro com teto de vidro, e o moço do chequim mandou aguardar a chamada do portão lá em cima. As televisões cheias de anúncio de celular e mais nada. "Assenhõas sagevôcin oitod atinov ortão zur".
- Hã? Que ela falou? - perguntou a moça do meu lado.
- E eu sei lá?
- Não ouvi - disse um senhor japonês - vocês entenderam?
- Não.
E todo mundo corria pra um portão onde aparecia qualquer pessoa de uniforme. Putis ginástica coletiva. Ficamos nessa lenga por horas. "Pagel desportogol umqualoito enta ã o borq". Que língua era aquela? Português eu falo, eu juro. Surda (ainda) não estou. Imagina um alemão ali. Será que ninguém repara que não dá pra entender nada? Consegui voltar só as sete. Na dúvida se aquele avião vinha pra São Paulo mesmo.
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