quarta-feira, 8 de outubro de 2008

franka no cruzamento


Eu tava ali na Dr Arnaldo, em cima de um daqueles viadutos, o trânsito meio confuso, até que entendi. O farol estava quebrado e uma equipe de emergência de guardinhas apitava o trânsito. Piii, mão abanando brava, vai, vai, vai. Dai o cara apitava de novo piii, stop todo mundo. Piii, outro guardinha na outra rua do cruzamento, mão abanando brava, vai, vai, vai, piii, stop todo mundo agora já. Olha. Não entendo como esse procedimento de emergência funciona até hoje sem desastres horríveis. Porque gente, quem é que hoje em dia ouve apito de guardinha, se todo mundo anda dentro de carro fechado, blindado, com música e ar condicionado? Fiquei pensando se o Detran não deveria repensar esse método de resolver farol quebrado. Óbvio que apito não dá mais certo, e acho que é por isso que os guardas tem que fazer cada vez mais e mais piruetas estrambóticas para serem vistos pelos carros e não atropelados. Porque hoje a gente não ouve mais nada dentro dos carros. Isso valia pro tempo do vidro aberto. Penso que eles deveriam adotar umas laternas de lâmpadas estroboscópicas, que dessem umas piscadas fortes de cores vermelhas, verdes, amarelas, sei lá. Mas apito, gente, a-pi-to? Além disso, também queria saber porque esses guardas ficam tão bravos quando a gente passa: eles sempre fazem caras horríveis que pra mim querem dizer "sua lerda, anda, vamos, vai mais rápido, ô coisa", repara, nunca vi um desses sorrindo pra me dar passagem. E mais uma coisa: como será que a sincronia dos dois gaurdas sempre dá certo, se muitas vezes um nem vê o outro? Apenas umas considerações de trânsito num dia cheio deles.

Nenhum comentário: