sexta-feira, 19 de setembro de 2008

pó?



Ontem, no carro, com a cara toda cheia de base, atendi o telefone. Falei, falei, falei, e, quando fui desligar, um putis susto. O telefone estava todinho cheio de base, eca, urgh, uma meleca total. E foi nesse momento que tive o clic: gente, será tudo que se encostasse em mim ficaria com cor de base? Imagine quando eu chegasse na reunião e cumprimentasse as pessoas: eu ia decalcar base em todo mundo? Crédo. Fiquei imaginando todas as pessoas da reunião, os engenheiros e arquitetos, todos com a metade da cara cor de laranja, como eu, que horror. Não, não estava certo aquilo. Óbvio que fiz alguma coisa errada e passei base demais. Ou sei lá. Vai ver que a base era diluível e usei o produto puro, só pigmento, pensei. Resolvi tirar, claro, e pensei que quando eu parasse num farol, removeria aquilo com um lencinho de papel. Parei, procurei, mas cadê? Nada de lencinho nem no porta luvas nem na minha bolsa. Foi quando vi a flanelinha. Sim, um dia em comprei essa flanelinha de uma senhorinha, num sinal. Olha que maravilha, é laranja da cor do meu rosto, pensei, rindo. Tirei todo excesso de base com ela. Quando coloquei no banco do passageiro, li o que estava bordado nela. Pó.

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