De novo a nossa prima, aquela prima bonita que contei no post anterior, aquela que eu e a Ângela imitávamos quando éramos meninas. Bom, desde que somos pequenas que ela usa um termo pra falar as coisas. Volta e meia vem e fala assim pra gente: "ai, que uva!". Tudo que é legal, bacana, bonito, simpático, bem feito, gostoso ou interessante, essa prima vem e exclama: "ai, que uva!". Tudo é uva. "Lú, que uva!; Ân, que uva!".
- Lúcia, a nossa prima me ligou ontem. Vai passar aqui sua casa depois do almoço do dia das mães para me dar uma coisa.
- Tudo bem. Legal.
- Ela falou que adorou encontrar a gente naquele outro dia - e ela passou a imitar a prima - "Ân, você e a Lú são umas uvas, adorei passar o sábado com vocês, umas uvas mesmo vocês duas".
- Ângela, a gente ainda é uva?
- Lúcia, sim, a gente ainda é uva.
- Bom. Daqui a pouco seremos tudo uva passa. Tanto tempo que a gente é uva pra essa nossa prima, né? Mas a vantagem de ser uva é essa. Uva passa também é um delícia, pensa bem.
- Ei. Eu não quero ser uva passa não, ô Lúcia. Tá louca?
- É o destino de toda uva, Ângela. O destino!
- É nada, Lúcia. Tá, hoje ainda sou uva. Uma uva madura. Mas no futuro nada de uva passa. Eu, hein? Uva passa nada, eu vou é ser vinho.
- Vinho?
- Claro!
- Hahaha, Ângela. Tem razão. Eu também. E eu vou fazer um post de uva pra gente. Um cacho de Lúcias e Ângelas, uva Lúcia, uva Ângela, uva Lúcia, uva Ângela, uva Lúcia... vou aproveitar que a gente ainda não é uva passa e nem vinho.
- É bobeira, mas faz, Lú.
Ai ó. Irmãs uvas.
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