quarta-feira, 4 de julho de 2007

um post para o Alberto Guzik


Anos atrás, sábado à tarde. Chega a Sílvia, minha melhor-amiga, para tomar um café. "Trouxe uma coisa para você", ela me diz, colocando um livro na minha mão. "É um livro que eu acabei de ler e adorei. Leia você agora".
A Sílvia sempre mandou muito em mim. Mas como ela é super inteligente, eu deixo.
Li, e também adorei. Sensacional. Era um livro de contos, pequenas histórias, todas voltadas ao mesmo tema: a hora que as pessoas tem na vida o seu maior encontro com a arte. Chamava-se "O que é ser rio, e correr". O livro é maravilhoso, super bem escrito, e eu me identifiquei na hora com o modo de falar do autor. Isso acontece as vezes comigo, essa coisa de achar, depois de ler uma pessoa, que eu já a conheço de algum lugar, que já sou amiga dela. Acho que é um treco de lingagem, de pontuação, vai entender. Gostei tanto que, depois de devolver o livro da Sílvia, fui até a livraria Cultura e comprei um exemplar só para mim. Demais.
Uns meses atrás, percebi sem querer que o autor desse livro tinha um blog. Nossa, que máximo, pensei. Corri lá e achei a mesma voz que tanto me encantou no tal livro. Muitos posts, ele realmente é como eu e adora escrever. Li diversos textos e posts, e, quando olho para o lado, quase dei um berro. Gente do céu. Estava escrito "frankamente..." na lista dos blogs linkados! Sério! O cara tinha me linkado! Ou seja, não fui só eu que gostei da escrita dele. Ele também gostou da minha. Sei lá como me achou, gente, quem falou de mim para ele? Coisas de astros, só pode ser isso. Ou apenas a prova de que a empatia da pontuação e da forma de escrever existe mesmo. Demais de novo. Meu coração bateu emocionado. Tum tum tum. Hahaha.
Óbvio que ficamos amigos, comentarinhos aqui e ali, troca de e-mails, e, o máximo, na segunda feira passada me vi num café no final da tarde esperando por ele, o escritor, atualmente também ator e meu novo amigo Alberto Guzik. Confesso que, sentada ali na cadeirinha e tendo chegado meia hora antes de medo de atrasar (é um putz problema, como sou a maior atrasada do mundo, ou chego horas depois ou horas antes, de medo de chegar horas depois), tive vontade de rir dessa coisa que é conhecer alguém "pela internet". Dá um pouco de vergonha a coisa de se falar "pela internet" e depois ir conhecer a pessoa ao vivo, assim, tipo hora marcada. "Estarei no café as seis, de blusa preta, tenho cabelo liso, tenho cara normal". Meio constrangedor, mas fazer o quê? Morro de vontade de mentir: "olha, sou loira, 19 anos, meio gordinha e estarei de vestido vermelho de bolinhas". Mas eu não ia perder nunca a chance de conhecer o Alberto, de quem fiquei fã, um cara que parecia tão bacana. E sem mentiras. Ele chegou sorrindo, falamos pra burro, nos divertimos muito juntos, e claro, constatamos que somos amigos mesmo. Agora ao vivo e a cores. E para a minha felicidade, acabei a noite com um romance dele nas mãos com uma dedicatória. Linda.
Gente, póde?
Demais ser blogueiro.

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