terça-feira, 10 de julho de 2007

"A" flip é pra comer


Olha. Eu fui. Mas o jeito que eu arrumei de ir pra flip não foi exatamente ir pra flip. Porque óbvio que não achei hotel, o lugar é totalmente lotado. Acho que quem foi esse ano reservou hotel em 2003. Assim, só me restavam duas possibilidades. Uma seria esperar que alguma das pessoas que reservou hotel em 2003 morresse. É possível, a contar pela quantidade de gente mais velha que tem na flip, mas é um pensamento um pouco mórbido, que descartei de cara. A outra era apelar para algum blogueiro que morasse por lá. Foi quando eu lembrei do Edu, do Itamambuca. Falei com ele, deu tudo certo. Ele falou que eu podia ficar lá sem problemas, e assim eu e minhas amigas combinamos de ir pra Itamambuca e ir para a flip todos os dias. Mas acontece que Itamambuca é praia. E, bom, praia é demais. E o lugar era lindo. De morrer. E tava o maior solão. Olha, sério. Impossível não aproveitar aquilo. Aquilo lá que era literatura. E mais impossível ainda não morrer de fome depois de uma praia daquelas até as três da tarde. E a flip, que era pra ser para mim um festival literário para assistir palestras e debates, virou uma possibilidade de comer, pois Parati tem uns restaurantes super legais. Pra quem tá com fome então, nem se fala. E se essa fome é fome de horas e horas de praia, pior ainda. Sim, eu fui na flip. Mas gente, eu só pensava em comer. Comer, comer, comer. Imagine você com fome num paraíso cheio de restaurantes bárbaros. Era o paraíso. Olha. A gente comia tanto na flip que não aguentava nem andar depois. Ia para a tenda das palestras já de noite, me arrastando de entupida e satisfeita. E haja fila, óbvio que eu teria que me programar antes para conseguir assistir, coisa que era impossível por causa da fome. Confesso. Eu fui na flip. Cruzei aqui e ali com todos os escritores famosos, inacreditável como a gente encontra todos nas esquinhas. Mas não participei de nenhuma mesa literária, só das mesas de restaurante. E bar, claro. Foi demais. Delícia.

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