sábado, 30 de junho de 2007

koob woolip eht - franka faz resenha de filme


Antes que me perguntem porque não escrevi semana passada: peguei uma virose horrível e fiquei de molho. Agora tá tudo bem. Voltei a postar e a ler blogs. E li aqui , no blog do taberneiro maluco sobre esse filme, "The piloow book", do Peter Greenaway. Me interessei, achando que seria um filme que teria a ver com literatura, coisa que adoro. Sabadão, lá fui eu na locadora hoje tirar o tal filme. Céus, gente... Que filme esquisito... Olha, é tão esquisito, mas tão esquisito, que sei lá. É um tipo de filme que é tão louco que é impossível comentar. A única coisa que consegui foi fazer um resumo. Olha que absurdo. Vou começar com "era uma vez", pra ver se fica mais normal.

Era uma vez no Japão um pai que todos os anos, no aniversário da filha, escrevia na pele dela uma mensagem em sua homenagem e assinava. O pai era um escritor. Um dia ela vê, por um vão das portas de correr da casa, que ele, o pai dela, tem um caso com um senhor mais velho, que pasmem, era o editor do cara. A menina se assusta, mas aparentemente a mãe nem liga, o que é bem estranho mas que não tem explicação. Bom, de uma hora para outra esse pai desaparece, (talvez tenha morrido ou talvez eu não tenha entendido) e a menina, já moça, se casa com um rapaz lá da cidade dela. O tempo passa e, no dia do seu aniversário, ela pede ao maridão que escreva nela como o pai fazia. Ele, um cara caretão, obviamente se recusa, dizendo que ela é doida. É o mote para ela acabar com o casamento no mesmo instante. Além de acabar com o casamento, ela taca fogo em tudo e vai morar em Hong Kong sozinha.
Tem uma vida de cão, morando super mal, mas sempre decidida a achar alguém que escreva nela como o pai fazia. Mas não dá certo. Os caras que aparecem ou não são bons escritores ou não são bons de sexo. Como ela é uma moça obstinada, arruma um emprego numa revista de moda e começa a ganhar grana. Conhece um fotógrafo que quer ser amante dela, mas ela não quer. O cara não sabe escrever, mas a fotografa toda rabiscada e tenta vender a idéia dela para o mesmo editor do pai dela, aquele que era gay. O editor recusa e ela fica puta da vida. Em seguida ela conhece num bar um tradutor, um moço inglês, loirinho, e pede à ele que escreva nela. Ele obedece, mas ela não gosta muito do resultado. Ele comenta que ela que deveria começar a escrever em homens, usando as peles dos caras como papel. Ela simplesmente adora a idéia e começa à por em prática. Acho que é nessa hora do filme que ela meio que vira uma artista-escritora-amante. Uns dias depois descobre que aquele tal loirinho é amante do mesmo editor do pai dela, o mesmo que recusou a idéia dela, levada pelo fotógrafo. Parece que toda a história gira em torno disso, a coisa dela odiar esse editor que era amante do pai dela. Não fica claro, mas provavelmente esse editor que deve ter acabado com a vida do pai dela, uma vez que o pai simplesmente sumiu do filme.
Daí ela tem uma idéia macabra. Começa a seduzir o loirinho para fazê-lo convencer o editor a publicar as obras dela. Um laranja, o loirinho. Ela e o loirinho passam a se ver, a conversar, e pimba, ele cai na rede dela: os dois, ela e o loirinho, passam a fazer sexo, sexo, sexo, até que ela dá o bote e o convence a deixá-la escrevê-lo todo e pede para ele se mostrar ao editor. Putz filme maluco e confuso pra contar, perdões. Voltando. Ela pinta o corpo do cara super caprichado, fala para ele ir até o cara, tirar a roupa, se exibir, vender o produto dela e voltar. Os dois estão num putz clima de amor, cenas lindas de sexo e tal.
O loirinho vai e o editor fica encantado pelo texto escrito e pelo cara, que ele já conhecia de outros carnavais. Chama uns funcionários da editora e diz “copiem esse texto já”. Os funcionários pegam blocos de papel e rapidamente passam a anotar tudo. Mas o editor fica tarado e passa a dar em cima do rapaz, que no final se entrega, deixando a pobrezinha da japonesa a ver navios. Ela estranha que o loirinho desapareceu, vai na editora e descobre os dois na cama. Uau. Os rabiscos dela lá, na cama com o velho. Fica furiosa, pois sem querer estava apaixonada pelo loirinho, e resolve escrever 13 livros, cada um de um tema e de um homem. Tipo vingança. Ai começa o festival dos homens pelados e rabiscados. Deusdocéu que loucura de filme. Fazia tempo que eu não via tanto homem pelado. E lá vai ela: seduzindo homens, escrevendo e mandando para o editor, que sempre chama a turminha que copia – dois caras e duas senhoras que parecem secretárias, seríssimos. Hahaha.
O loirinho, arrependido, quer voltar para ela, mas ela está brava e não quer saber mais dele. Olha. Concordo com ela, afinal, ele deveria somente vender a obra dela, e não traí-la com o cara, pô. O loirinho, desesperado, procura o fotógrafo, pedindo conselhos. Ai é absurdo. O fotógrafo tem a infeliz idéia dele fazer como Romeu e Julieta – tomar uns comprimidos e fingir que morreu. E acreditem, o tonto-anta do loirinho vai na casa dela quando ela não está, bebe um monte de comprimidos com tinta, mas exagera na dose e morre de verdade. Buuurro. Ela chega, chora, chora, chora e, óbvio, escreve nele todo, mesmo morto.
O loirinho é enterrado. Ela taca fogo na casa de novo. Putz japonesa incendiária.
O fotógrafo, se sentindo super culpado, conta para o editor que o loirinho morreu. O editor-mau então chama uma gangue que rouba o corpo do loirinho da tumba, leva para a editora, e ele e a turma de funcionários mudos tiram toda a pele do cara, escrita por ela. Acreditam? Uma cena nojenta, com os restos de carne indo para o lixo, éca. E pasmem, e o doente do editor faz um livro com o cara, um livro estranho, que abre tipo sanfona e que ele fica passando pelo corpo feito um louco.
A japonesa escritora de homens descobre o que o editor fez, não sei como (o filme não explica tudo), e como ainda não fez os tais 13 livros, passa a arrumar mais homens escritos para mandar para ele, sempre cada um com um tema – um é o livro do segredo, outro do idiota, outro do amor - e pede em troca o livro da pele do loirinho. O editor fica obcecado por aqueles homens, afinal é gay e editor, mas não fica claro se ele sabe quem manda aquilo para ela e se ele sabe se ela é filha do pai sumido do começo do filme – os homens pelados rabiscados vão sozinhos na editora e só falam que querem o livro da pele do loirinho em troca deles mesmo. Aliás, tem uma coisa: não dá pra saber do quê essa japonesa vive, uma vez que não trabalha nunca. Mas um dia ela chega no livro-homem número treze, e manda um gordão lutador de sumô para a editora, um cara imenso, uma verdadeira enciclopédia, página a dar com o pau naquele corpão. Porém o lutador de sumô é o livro da morte, e, depois que o editor lê o texto todo – a parte que ele lê a bunda do lutador é impagável, perdões – o lutador de sumô pega uma navalha e cráu: mata do editor! Putz vingança total da japonesa, que aparece grávida e com o livro da pele do loirinho nas mãos, toda pirilampa. Coloca o livro do loirinho dentro de um vaso, aparece de novo a cena do pai escrevendo nela, aparece ela com o bebê nascido no colo e o filme acaba. Entenderam a mensagem? E você, o que escreveria? Hahaha.

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