domingo, 28 de agosto de 2005

pra quem nunca viu




Como prometi, ai está a foto da imagem do meu São Longuinho, aquele do versinho, que ajuda a gente a achar as coisas em casa.
Fala a verdade. Ele não é exatamente como todo mundo imaginou?
Óbvio que ele teria uma lanterna, afinal, muitas coisas (inclusive o juízo e a razão) a gente perde à noite.
Acho que no mundo de hoje nem existem mais lanternas, nem dessas de querosene nem tampouco das de pilha. Aliás, tenho a impressão que no mundo de hoje sequer procuramos muito as coisas: quando elas somem, compramos outras iguais. Mas outro dia descobri que, embora eu achasse que não, eu ando com uma lanterna sim.
O meu celular.
Fui visitar uma obra num prédio, e como o elevador estava demorando muito, resolvi subir pela escada de serviço. Já estava no meio do caminho quando a coisa aconteceu. Uma escuridão total, absoluta e súbita naquele lugar enclausurado.
- Começei a pular, pular, para que algum sensor de presença me notasse ali.
Nada. Breu. Noitona. "Ora", pensei, "ou estou muito, mas muito magra (o que efetivamente eu acho que não é o caso) ou não havia sensor nenhum ali, e sim algum interruptor em algum canto". Óbvio. Em escadas de serviço, os mortais acendem as luzes. Sensores são para escadas e halls sociais.
O que fazer?
São Longuinho, São Longuinho. Me tira dessa escuridão, por favor.
Que nada. Por mais que eu apalpasse as paredes, o Santinho não me ajudou. Eu naquela cegueira devia estar ridícula, rodando e me agarrando nos corrimãos. Foi quando eu lembrei.
Ora, o celular!
Celular é lanterninha, gente. Abri o bichinho e pimba. Ele deu a luz.
E com meu celular e sem São Longuinho nenhum, achei o botão da luz e subi no claro.

(Bom, ai está para quem queria ver mais. Olha o olhar do São Longuinho... não é assustador?)

Nenhum comentário: