domingo, 20 de fevereiro de 2005

capitã gancha



Adoro tudo quanto é novidade que aparece em computador. Tem umas coisas que são até bem inúteis, mas sempre experimento para ver como é. Olha. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Ninguém dava nada pela internet, olha o que aconteceu.
Também sei que ninguém mais agüenta ouvir minhas milhares de teorias sobre o futuro da telefonia moderna. Acho que já escrevi mais de dez textos sobre o tema mas, sério, preciso dizer só mais uma coisinha.
É sobre o Skype, gente.
Para quem não sabe, Skype é um programa que você baixa no computador e que te permite telefonar para os outros. É mais ou menos igual ao MSN e o ICQ, a diferença é que é bem mais rápido e eficiente, pois só tem som, como o telefone. Sempre uma coisa que faz uma única ação é melhor do que outra que mistura tudo. E o Skype funciona direitinho: igualzinho a um telefone e, o melhor de tudo: É GRÁTIS!
Iêba.
Franka instalou na hora.
A primeira vez que ele tocou eu rodei a acasa toda feito barata tonta para descobrir de onde vinha aquele som de telefone velho. Triiim... Triiim... Triim... Não me toquei que aquele "trim trim" vinha de dentro do meu micro, como se estivesse sido engolido. Me atrapalhei um pouco para atender, me atrapalhei um pouco mais para entender como ficava disponível ou não e ainda mais um pouco para entender a lista telefônica. Mas dali em diante, ô coisa legal.
Só tem um problema, e esse problema que é o motivo desse post.
É o gancho, gente.
O gancho, esse da figura ai de cima. O bom e velho gancho.
Eu simplesmente não consigo falar direito no telefone sem segurar num gancho de telefone. São muitos anos falando no gancho para eu me livrar dele assim, sem mais nem menos. Sou totalmente dependente do gancho do telefone para conversar com naturalidade. Acho que é um tipo de condicionamento cerebral: o meu cérebro ouve o trim – trim, em seguida vem o impulso de pegar o gancho, em seguida vem o impulso de falar alô e conversar.
Mas sem o gancho a voz não vem, as mãos balançam, bobas, o meu olho não sabe para onde olhar, e a mente não se conecta na linha. Eu gaguejo, travo, engasgo. E não me engancho na conversa.
- Eu preciso de um gancho, urgente – pedi a um amigo engenheiro que vende equipamentos telefônicos – Um gancho, daqueles antigos, entende? Com bocal e ouvido, mas com um tipo de cabo USB na ponta. Isso existe?
Ele disse que vai arrumar. Fará umas adaptações. Assim que eu conseguir essa maravilha, ah,... aí sim que eu vou ser a rainha do Skype. A Capitã Gancha do Skype.
Ah, ainda: acabei de inventar outro verbo: escaipar. De hoje em diante, quem é moderno não telefona mais. Escaipa, gente.
Ei. Alguém topa escaipar comigo?

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