sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

pela volta da comida na mesa


mesa saarinen

Não é o fim da picada o governo brasileiro resolver fazer jantares self service no Itamaraty?
Não é que eu seja metida, ou esnobe, ou chata. Não é que eu não vá a restaurantes por quilo ou bandejão. Vou e muito, pois são bons, rápidos e bem mais baratos.
Mas detesto.
É um tal de levantar, sentar, levantar, sentar, trombar com outros coitados naquelas filas com o pratinho na mão, esquecer de colocar o molho da salada e ter que voltar pro buffet, entrar na fila de novo, esquecer de pegar o talher, entrar na fila mais uma vez, confundir onde era a sua mesa, trombar com o garçon, deixar cair o pãozinho no chão, voltar para a fila mais uma vez. O pior é quando você resolve repetir o prato, volta para o buffet e vê que a comida acabou.
É tanto trança trança que você nem pode conversar com os amigos direito. Tenho vontade de comer em pé, ali do lado do buffet, de raiva.
E, repara. Restaurante self service tem garçom e mesa, do mesmo jeito!
Custava?
.
Bem, vamos ao Itamaraty.
Gente, isso vai atrapalhar a paz das negociações, dos acordos e das conversas. Imagina aquele monte de políticos zanzando pela sala ao invés de conversar e decidir coisas, se atrapalhando com pratos, talheres e sobremesas. E as mulheres, todas de salto alto? Em hotel isso dá certo porque todo mundo passa as férias de tênis, mas no Itamaraty é proibido usar tênis.
Será que existe algum intuito secreto (que não percebi) em tirar as pessoas das mesas?
Hárá, já sei!
Só pode ser uma coisa: como os diplomatas, de agora em diante não vão mais saber falar inglês, vão precisar fazer algumas "consultas" sobre o que estão decidindo ali!

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