quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

casa virtual


um casa livro de papel

Afinal das contas, o que é um blog?
Depois de muito pensar e meditar sobre esse tema no trânsito da marginal Pinheiros hoje, chego a conclusão que blogs são... casas virtuais.
Olha, depois que vim morar aqui me sinto muito mais segura na internet. Dou meu endereço a todos, recebo visitas, ganho presentes, dou mimos aos colegas blogueiros, arrumo vizinhos e tenho assunto para chuchú. O Zé não aguenta mais me ouvir contando o "boletim do blog frankamente", todo santo dia na hora do jantar. Mas essa virou minha segunda casa!
Home sweet home.
Eu já disse que o Orkut, o Multiply e os outros sites de relacionamentos são "hotéis" ou "colônias de férias" virtuais.
Um blog não. Um blog é a casa da gente.
Nosso lar.
Acho que vou dar uma caprichada no meu - estou com uma aparência muito comum, não acham? Como sou arquiteta, entendo pra burro de construções reais mas nadica de construções virtuais, terei que pedir ajuda a um arquiteto-virtual. Mas nada de decorações. Quero mudanças significativas, de infra estrutura. Também pensei em criar um logotipo para o "frankamente", além de colocar uma lareira, um mezzanino e diversos quartos suítes com muitos, muitos banheiros transadérrimos.
(...fala a verdade, o que tem de banheiro nas casas das pessoas chiques hoje em dia não é mole, já disse uma tal de arquiteta lúcia um dia na coluna do Mário Prata...)
Aparência é tudo, gente, mesmo que ninguém venha nos visitar. Minha mãe sempre me aconselhou: "Filha, depois que você se casar, nunca fique destrambelhada em casa. Capriche sempre, que é isso que marido gosta. Depois ele te larga e você não sabe porque.".
Quem não tem blog fica rondando a internet feito uma alma penada, sem rumo, sem destino. Vez ou outra a pessoa pára numa caixa de correio, num telefone skype, num messenger, e depois continua assombrando os outros, entrando de loja em loja, de site em site, provedor em provedor.
Úúú...
Uma tristeza.
Como eu pude viver tantos anos assim, feito uma assombração virtual? Quem era eu antes do meu blog? Uma mendiga nética, uma pobrezinha, uma marginal virtual?
Uma homepageless?
Ah. Nada como ter um chão, gente. Um chão só da gente. E lembro só mais uma coisa - aqui é tudo grátis. Você pode fazer um casebre a beira mar ou um palácio, que não custa nada. É só escolher, e não tem maremoto e nem taxa do lixo!
Tudo isso porque estou lançando aqui e agora uma enorme campanha pró blog (pensei no nome "CAPROBLO", mas achei meio feio) para que todos tenham blogs: meus amigos, inimigos, parentes e leitores. Temos que ir adiante, gente, temos que nos inovar, temos que ter blogs!
Aliás, hummm, não posso me esquecer de colocar uma varanda bem gostosa, com redes e cadeiras aqui no Frankamente... para relaxar, descansar... essa coisa de ficar trancada na frente desse micro o dia todo faz a gente pensar um monte de bobeira, não faz?


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