quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Recebi uma mensagem divertida no Orkut. O Edu, meu amigo que se mudou pra Ubatuba, leu sobre a história do Paulo Autran aqui no blog e me escreveu.

"Que legal o Paulo Autran hein? Quando voce for da Academia Brasileira de Letras não esquece de me convidar para um chá. Me lembrou do Nelson Rodrigues, que quando leu a crítica do Manuel Bandeira achou que já podia morrer, e ja via no túmulo dele:
AQUI JAZ NELSON RODRIGUES,ELOGIADO POR MANUEL BANDEIRA.
Aliás, porque voce não escreve no Caderno Dois?"
Pois é, Edu. Posso mesmo colocar isso na minha lápide "Aqui jaz a Lucia Carvalho, elogiada pelo Paulo Autran", e isso, para uma candidata a dramaturga como eu é o auge. Resta agora representar a tal peça, o que, apesar de ser a parte mais complicada, é a que menos me aflige. Como a peça está escrita e posta aqui ao lado, até impressa e encadernada, o tempo muda. Ela, como tantas outras histórias, passa a ter a uma espécie de vida própria. Não sei se você me entende. é que ela pode esperar a sua hora de ser encenada, e para ser encenada, acho que qualquer texto precisa de um preparo. Assim, o velho Barabai esperará, a Ana Lídia esperará, e a autora, a lúcia, também esperará mais um pouco. O texto é bom, eu sei, e esse descanso para as palavras é importante, até para ser revisado novamente com olhos um pouco mais críticos.
Cortar, cortar, cortar, me fala o maqui-prata.
Cortar, cortar, cortar, eu obedeço.
Quanto ao Caderno Dois, Edu, seria um sonho. Mas só depois que eu souber cortar muuuito bem...
*

Nenhum comentário: