quarta-feira, 3 de novembro de 2004

O Poderoso Chefão


os dvds do poderoso chefão e o feriado de finados


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Passei o feriado de finados assistindo O Poderoso Chefão. Fiquei totalmente obcecada pelo filme e pelos personagens. Só consegui assistir aos dois primeiros, e mal posso esperar até o sábado que vem quando vou mergulhar no terceiro. Depois acho que vou ver de novo. E depois mais uma vez, tudo isso para tentar entender como funciona o poder de um homem sobre outros.
Ver esse filme logo depois de acabar de ler "A história natural dos ricos" foi impressionante. O livro traça um paralelo muito maluco entre a vida dos multi-milionários e os machos alfa dos macacos. Segundo o autor, um jornalista, existem diversas semelhanças (fisicas e de atitude) entre ambos os líderes. Claro que nos humanos a coisa é extremamente mais complexa, mas é interessante pensar a existência com o foco na relação entre homens com o dinheiro e sem dinheiro.
A bajulação, a hierarquia, as trapaças, as organizações familiares e até os urros leoninos dos milionários (que eu conheço muito bem).
Foi ai que entreou o Dom Corleone, bem depois que eu acabei e fechei o livro dos milionários e dos macacos.
Além do Brando ser maravilhoso, a idéia do mal me fascina. Acho que fascina a todos. E vê-la assim, em estado selvagem e puro, é deslumbrante.
Pobres mulheres. A nós nos resta a conformidade diante do cotidiano. Não é reclamação não. Mas jamais conseguiremos mudar.
Existe uma cena onde o Al Pacino entra em casa, e dentro de um completo silêncio, vê sua mulher costurando na máquina de costura. Apenas o barulho da máquina e ele olhando para ela. O homem matando, tramando, vingando, esfaqueando, atirando, colocando a honra acima de tudo.
E a mulher costurando.
Costurando.
Costurando.
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